Pesquisadores do Cemafauna integram estudo sobre coleções científicas de peixes
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Publicado em 14 nov 2025, 08h51 | Atualizado em 14 nov 2025, 08h52

Pesquisadores do Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna/Univasf), a coordenadora Patrícia Nicola, a pesquisadora Sílvia Gutierre e o analista ambiental Augusto Bentinho, estão entre os autores de um estudo nacional sobre coleções científicas de peixes brasileiras, publicado recentemente no Biological Journal of the Linnean Society (Oxford University Press). O trabalho, intitulado The Cardume initiative: integrating Brazil’s scientific fish collections to promote research and biodiversity conservation, reúne cientistas de todo o país em uma iniciativa inédita voltada à conservação da biodiversidade aquática.
O Brasil abriga a maior diversidade de peixes do planeta, e o estudo apresenta o primeiro panorama nacional das coleções ictiológicas, reunindo dados de 74 instituições em 25 estados. No total, foram catalogados mais de 8,5 milhões de espécimes e 2.600 tipos primários, fundamentais para pesquisas taxonômicas, evolutivas e de conservação. O levantamento também destacou desafios enfrentados pelas coleções, como escassez de recursos, falta de infraestrutura adequada, baixo índice de digitalização e desigualdades regionais e de gênero entre curadores.
A pesquisa faz parte da iniciativa CARDUME, criada pela Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI), que busca integrar coleções científicas de peixes em todo o território nacional. O nome simboliza o espírito coletivo da ciência, reforçando a importância da cooperação e do compartilhamento de conhecimento para a preservação da biodiversidade. Para o Cemafauna/Univasf, sediado em Petrolina, a participação representa o reconhecimento de sua contribuição científica na região da Caatinga, um dos biomas menos representados no estudo, apenas quatro instituições da região participaram do levantamento.
O biólogo Augusto Bentinho destacou a relevância do trabalho para a valorização da ciência brasileira: “Participar dessa construção coletiva é uma honra e uma responsabilidade. As coleções zoológicas são verdadeiras guardiãs da memória biológica do país e precisam de atenção contínua, especialmente em regiões como o Semiárido, onde ainda há lacunas significativas de informação. A iniciativa CARDUME mostra que, quando unimos esforços, conseguimos não apenas mapear nossa biodiversidade, mas também traçar caminhos concretos para sua conservação.” O artigo completo pode ser acessado em https://doi.org/10.1093/biolinnean/blaf088.
Fonte: Carlos Britto
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