Como saber se estou com gordura no fígado? Hepatologista responde

Como saber se estou com gordura no fígado? Hepatologista responde

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Publicado em 17 out 2025, 20h55 | Atualizado em 17 out 2025, 20h55

O médico Rodrigo Rêgo Barros esclarece dúvidas sobre a condição de gordura no fígado. A prevalência global da doença tem aumentado

Publicado pela Associação Americana para o Estudo de Doenças Hepáticas, o artigo Epidemiologia global da doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) e da esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) evidencia que o quadro de gordura no fígado “é uma das principais causas de morbidade e mortalidade relacionadas” ao órgão, responsável pela desintoxicação do organismo e produção da bile. Conforme a pesquisa feita entre os anos de 1990 a 2019, a prevalência global da condição é de 30% e está aumentando.
Segundo a publicação, o crescimento dos casos de esteatose hepática – condição popularmente conhecida como gordura no fígado – “requer estratégias urgentes e abrangentes para aumentar a conscientização e abordar todos os aspectos da doença hepática gordurosa não alcoólica em níveis local, regional e global”.


Diante desses dados alarmantes, principalmente na América do Sul, onde a esteatose hepática é “comum”, a coluna Claudia Meireles acionou mais uma vez o hepatologista Rodrigo Rêgo Barros. O médico respondeu ao questionamento: “Como saber se estou com gordura no fígado?“.

De acordo com o especialista, o corpo não dá sinais de que há teor de gordura na glândula: “O fígado é um órgão bem silencioso e raramente dói”. Ele exemplifica que, muitas vezes, o paciente tem sintomas como má digestão, diarreia e, consequentemente, culpa o fígado. “A verdade é que raramente ele é a causa”, defende.

Para um indivíduo descobrir se está com gordura no fígado, é preciso “ir atrás”. “Como não causa sintomas, só sabe quem procura. E é exatamente aqui que devemos chamar a atenção“, acentua o hepatologista.

Rodrigo explica que alguns grupos de pessoas devem ficar em alerta e procurar auxílio especializado. “Indivíduos que apresentam fatores metabólicos: obesos, diabéticos, hipertensos e com alterações dos lipídios, principalmente aumento dos triglicerídeos e HDL baixo, chamado de colesterol bom”, lista o médico.

“Pessoas que fazem consumo em excesso de álcool e com alteração dos exames de fígado, como TGO, TGP e GGT”, complementa o médico a respeito de quem precisa estar atento ao quadro de esteatose hepática.

Hipertensos e diabéticos precisam ficar em alerta com relação ao quadro de esteatose hepática

Caso suspeite ter a condição, Rodrigo Rêgo Barros aconselha em primeiro lugar: “Procure um médico hepatologista, que solicitará exames destinados ao diagnóstico, como bioquímica do sangue e exames de imagem. Também excluirá, quando pertinente, causas mais incomuns de gordura no fígado, além de estratificar o risco de evolução para cirrose, bem como instruir o tratamento”.

Ao finalizar, o médico destaca que todas as condições mencionadas devem “ser tratadas ou combatidas”. “Controle de peso, moderação no consumo de álcool e tratamento das comorbidades, como diabetes e hipertensão, podem ser instituídos antes mesmo da consulta”, conclui o especialista.

Se você desconfia de ter gordura no fígado, o médico orienta procurar um hepatologista para fazer uma avaliação especializada

Fonte: Metropoles | Marina Ferreira Claudia Meireles

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