Proposta na Alepe quer retorno do cadárpio impresso a bares e restaurantes

Proposta na Alepe quer retorno do cadárpio impresso a bares e restaurantes

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Publicado em 28 out 2025, 11h13 | Atualizado em 28 out 2025, 11h13

Foto: reprodução/Internet

Bares e restaurantes podem ser obrigados a disponibilizar cardápio impresso aos clientes, mesmo que já usem versões digitais. Essa regra está sendo debatida na Alepe a partir de dois projetos de lei propostos pelos deputados João Paulo Costa (PCdoB) e Romero Albuquerque (UB). As propostas foram reunidas e tramitam nos termos de um substitutivo elaborado pela Comissão de Justiça. De acordo com o texto, os estabelecimentos deverão ter cardápios impressos em quantidade equivalente a, no mínimo, 5% da capacidade de atendimento. Também será obrigatório o fornecimento de internet wi-fi gratuita para que os clientes possam acessar os menus digitais por QR Code.

A proibição do uso exclusivo de cardápios digitais busca atender especialmente pessoas com dificuldades no uso de dispositivos eletrônicos, como idosos, pessoas com deficiência visual e aqueles que não possuem familiaridade com tecnologia”, argumentou Albuquerque, na justificativa do PL nº 2742/2025.

Autor do PL nº 1936/2024, Costa defendeu que “ao informar explicitamente aos clientes sobre o seu direito de solicitar o cardápio físico, estamos fortalecendo a proteção dos direitos dos consumidores, garantindo que eles tenham liberdade de escolha e acesso à informação de forma clara e acessível”.

Outras normas

Desde 2023, o estado do Rio de Janeiro tem uma lei que não permite que bares e restaurantes ofereçam apenas cardápios digitais. No mesmo ano, a cidade do Rio aprovou uma norma estabelecendo que “o cardápio na modalidade digital ou com QR Code não substitui o cardápio no formato impresso”.

Na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), está em discussão o Projeto de Lei nº 1245/2023, que propõe tornar obrigatório o uso de cardápios impressos em todo o país.

Pesquisa

Por outro lado, no ano em que a proposta federal foi apresentada, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) divulgou pesquisa sobre a adoção dos cardápios digitais. A entidade defende que “cardápio por QR Code é uma questão de mercado, não de lei”. De acordo com a estudo, para os empresários, as vantagens do cardápio digital são: agilidade para atualização (apontada por 54% dos entrevistados), apresentação mais atrativa dos itens (42%), redução dos custos de produção do impresso (39%) e a substituição dos garçons (13%).

Entre os motivos para não adotar, os mais citados pelos empresários foram: a exigência dos clientes pelo cardápio físico (40%), mais vendas quando o atendimento é feito pelo garçom (25%) e dificuldade dos clientes em fazer pedidos usando o cardápio por QR Code (21%). A Alepe colocou no seu site uma enquete sobre o assunto. A consulta ficará aberta à população até o dia 6 de novembro.

Fonte: Carlos Britto

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Ary Vasconcelos – Especialista em Conteúdo para o COMPARTILHAR NA REDE Ary Vasconcelos é um especialista na criação de conteúdos relevantes e informativos para o COMPARTILHAR NA REDE, abordando temas de grande interesse para o público.

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